quarta-feira, 25 de junho de 2014

Congresso Internacional Educar/Educador

21 à 24 de Maio de 2014, São Paulo - Brasil

Chegando às 8h30min para participar do 
Congresso Internacional Educar/Educador 
no Centro de Exposições Imigrantes.

No período de 21 à 24 de maio de 2014, participei do Congresso Internacional Educar/Educador com carga horária de 56 horas/aula visando aprimorar e aperfeiçoar a Coordenação Pedagógica em qual atuo com muito amor, profissionalismo e dedicação.  

Durante a participação em minicursos e palestras, realço alguns palestrantes que se destacaram durante o congresso como Dado Schneider (criador da marca CLARO ©),  o Doutor Augusto Cury (cujas palestras recomendo a todos os docentes, coordenadores e administradores da área da educação interessados), além de outros grandes nomes como Alexandre Ventura, Maurício Góis, Eduardo Shinyashiki, Renato Alves, Mario Sergio Cortella, Regina Shudo, Cipriano LuckesiAlexandre Gobbo, Ariana Cosme, Celso Vasconcelos, Claudemir Belintane, Max Haetinger, Domenico De Masi, Marcos Raggazzi, Bernard Charlot, Emília Cipriano e nada menos que Edson Arantes do Nascimento, o Pelé.




Agradecimentos




sexta-feira, 28 de junho de 2013

Situação de Aprendizagem

Arquivo de Apresentação:




Anexos:

1)

NO AEROPORTO

Viajou meu amigo Pedro. Fui levá-lo ao Galeão, onde esperamos três horas o seu quadrimotor. Durante esse tempo, não faltou assunto para nos entretermos, embora não falássemos da vã e numerosa matéria atual. Sempre tivemos muito assunto, e não deixamos de explorá-lo a fundo. Embora Pedro seja extremamente parco de palavras, e, a bem dizer, não se digne de pronunciar nenhuma. Quando muito, emite sílabas; o mais é conversa de gestos e expressões pelos quais se faz entender admiravelmente. É o seu sistema.
Passou dois meses e meio em nossa casa, e foi hóspede ameno. Sorria para os moradores, com ou sem motivo plausível. Era a sua arma, não direi secreta, porque ostensiva. A vista da pessoa humana lhe dá prazer. Seu sorriso foi logo considerado sorriso especial, revelador de suas boas intenções para com o mundo ocidental e oriental, e em particular o nosso trecho de rua. Fornecedores, vizinhos e desconhecidos, gratificados com esse sorriso (encantador, apesar da falta de dentes), abonam a classificação.
Devo dizer que Pedro, como visitante, nos deu trabalho; tinha horários especiais, comidas especiais, roupas especiais, sabonetes especiais, criados especiais. Mas sua simples presença e seu sorriso compensariam providências e privilégios maiores.
Recebia tudo com naturalidade, sabendo-se merecedor das distinções, e ninguém se lembraria de achá-lo egoísta ou importuno. Suas horas de sono - e lhe apraz dormir não só à noite como principalmente de dia - eram respeitadas como ritos sagrados, a ponto de não ousarmos erguer a voz para não acordá-lo. Acordaria sorrindo, como de costume, e não se zangaria com a gente, porém nós mesmos é que não nos perdoaríamos o corte de seus sonhos.
Assim, por conta de Pedro, deixamos de ouvir muito concerto para violino e orquestra, de Bach, mas também nossos olhos e ouvidos se forraram à tortura da tevê. Andando na ponta dos pés, ou descalços, levamos tropeções no escuro, mas sendo por amor de Pedro não tinha importância.
Objetos que visse em nossa mão, requisitava-os. Gosta de óculos alheios (e não os usa), relógios de pulso, copos, xícaras e vidros em geral, artigos de escritório, botões simples ou de punho. Não é colecionador; gosta das coisas para pegá-las, mirá-las e (é seu costume ou sua mania, que se há de fazer) pô-las na boca. Quem não o conhecer dirá que é péssimo costume, porém duvido que mantenha este juízo diante de Pedro, de seu sorriso sem malícia e de suas pupilas azuis — porque me esquecia de dizer que tem olhos azuis, cor que afasta qualquer suspeita ou acusação apressada, sobre a razão íntima de seus atos.
Poderia acusá-lo de incontinência, porque não sabia distinguir entre os cômodos, e o que lhe ocorria fazer, fazia em qualquer parte? Zangar-me com ele porque destruiu a lâmpada do escritório? Não. Jamais me voltei para Pedro que ele não me sorrisse; tivesse eu um impulso de irritação, e me sentiria desarmado com a sua azul maneira de olhar-me. Eu sabia que essas coisas eram indiferentes à nossa amizade — e, até, que a nossa amizade lhe conferia caráter necessário de prova; ou gratuito, de poesia e jogo.
Viajou meu amigo Pedro. Fico refletindo na falta que faz um amigo de um ano de idade a seu companheiro já vivido e puído. De repente o aeroporto ficou vazio.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. Reprod. Em: Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1973. p.1107-1108

2)
CLARICE - DEMÔNIOS DA GAROA

Andei cinco quadras atrás de você...
Vendo você gingar...
Vendo você mexer...
Curti seu balanço genial...
Com meu instinto carnal...
Alterado pra valer...
Aí você me sacou gamado...
Aumentou seu rebolado...
Essa dose foi fatal...
Porque eu não agüentei a parada...
Mandei-lhe uma bela cantada...
Vamos formar um casal...


Naquele instante , que beleza de romance
Eu exalando desejo
Você o perfume da flor
"Como é seu nome"? - eu perguntei; você me disse:
"As amigas me chamam Clarice
Mas meu nome é Claudionor

segunda-feira, 24 de junho de 2013

"Experiências com as palavras escritas"

Se escrevo é na esperança de ser devorado pelos meus leitores." (Rubem Alves);  Essa feliz colocação de Rubem Alves contempla justamento o que passo para meus alunos do 6º ano do Ensino Fundamental e 3º Ensino Médio neste ano letivo de 2013. 
Mesmo quando você confidencia seus maiores segredos naquele famoso diário (bem escondido no fundo do guarda-roupa) na adolescência, bem lá no fundo de sua alma, seu medo e ao mesmo tempo desejo é de que alguém acabe por ler suas confissões. Caso contrário o porquê  de ter escrito? Vaidade? Desabafo? Talvez, mas você escreveu e que delícia quando alguém compartilha nossos segredos; pelo menos para quem leu. O mais importante é o aluno colocar as palavras no papel. 
Quando trabalhamos com a leitura e produção textual devemos enfatizar o trabalho com a linguagem, já que ela transmite nosso mais puro sentimento, melhorando a escrita do cotidiano. Só é um bom escritor quem é um bom leitor, a leitura auxilia e muito na escrita, pois eleva o nível de proficiência do leitor enriquecendo seu vocabulário. 
Agora compartilho a frase de Danuza Leão "Adoro ler, e leio qualquer coisa que chegue às minhas mãos (...)". Diante disso, outra orientação que passo para os alunos nas nossas visitas à biblioteca é que escolham qualquer livro, revista, gibi, jornal, etc, pois o importante é adubar o gosto para leitura  e depois direcioná-la no momento oportuno. Tenho um aluno do 6.º ano do Ensino Fundamental, de apenas onze anos, que semanas passadas em nossa visitinha à biblioteca, pegou o livro Dom Casmurro (Machado de Assis) assim que voltamos à sala de aula procurei inteirá-lo sobre sua leitura futura, é o que eu chamo de saber vender bem o livro para o aluno; nas aulas seguintes o mesmo vinha ao meu encontro comentar sobre os capítulos e de como Bentinho achava que estava sendo enganado pela esposa. 
A leitura foi tão proveitosa pelo aluno que ele revendeu o livro para sua mãe. Tudo isso prova que não existe uma idade certa ou errada para degustar um bom livro, basta o professor saber orientar. Dessa forma, encerro atrelando minhas ideias à frase de Marilena Chauí de que "Ler é suspender a passagem do tempo".

Qual é o papel do professor em relação ao trabalho com leitura e produção de textos no acompanhamento do desenvolvimento de blogs como prática pedagógica.

O professor funcionará como um articulador entre as novas tecnologias e seu alunado. Na maioria da vezes, os alunos estão em um nível de conhecimento tecnológico superior ao professor, pois desde cedo os pais fornecem tecnologia avançada para entretenimento de seus filhos em vez de compartilhar atividades lúdicas e de raciocínio rápido.
O blogs vem para dispultar uma fatia do mercado já saturada pelos "twitters" e "facebooks" da vida, e alguns usuários mais tradicionalistas ainda usam o orkut como carro chefe. O professor deverá apresentar para seu aluno, que o mesmo não precisa se segregar dos meios sociais, mas entender que os blogs passarão a ser mais uma ferramenta para adquirir conhecimentos. Nós, docentes, devemos também explicar para os alunos que com o avanço das tecnologias/comunicações não será possível  permanecer na idade da pedra, pois o mercado de trabalho; o futuro inevitável para muitos adolescentes, dará preferência para alunos que interagem nesses meios de comunicação.
Desempenhando a função de educador, o professor deverá não só indicar "sites" para leitura de texto como também postar fragmentos que julgar chamativo para seu público alvo. Quem não gosta de um fragmento bem apresentado que faz com que o leitor se interesse pelo restante do texto? Fiz essa experiência com um fragmento do livro "O país do carnaval" de Jorge Amado, expliquei para os alunos que o livro foi escrito quando o autor tinha dezesseis anos e o precursor dos demais livros inclusive o famoso Gabriela. O fragmento apresentado narrava uma cena de sexo que aguçava a criatividade daqueles com altos níveis de hormônios e também dos curiosos. Resultado noventa por cento da classe leu o livro e gostou; detalhe importante: por ser um livro pouco divulgado não havia ainda resumo na internet, rsrsrrsrsrsrs, e eu quanto prrofessor me realizei. Foi ótimo ver estampado no rosto de alguns alunos a satisfação de um trabalho bem realizado.